A força tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal em Curitiba denunciou nesta segunda-feira os doleiros Raul Henrique Srour e Carlos Arturo Mallorquin Junior , além do ex-gerente do Banco do Brasil José Aparecido Augusto Eiras, pelos crimes de organizaçãocriminosa, corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta deinstituição financeira.
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O ex-gerente do banco teria aceitado abrir contas bancárias para empresas de fachada que movimentaram mais de R$ 9 milhões em lavagem de dinheiro entre 2011 e 2014.
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Eiras fez parte do esquema também usando uma empresa aberta em nome de seus familiares, a CRG Serviços de Assessoria de Crédito de Cobrança, para servir como garantidora de operações de uma das empresas de Srour, a Districash. O esquema permitiu que a empresa do doleiro usasse envelopes de uso exclusivo do banco , amarelos. Lacrados, eles movimentavam dinheiro sem que o numerário fosse conferido.
O ex-gerente teria recebido pelo menos R$ 551,3 mil dos doleiros. A procuradora Laura Tessler afirmou que os bancos precisam aprimorar os mecanismos de controle interno contra corrupção e lavagem de dinheiro. Sem o auxílio do então gerente, o esquema não teria funcionado com facilidade.