O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, foi o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o comando da Polícia Federal (PF) no lugar de Maurício Valeixo , que foi exonerado de seu cargo na sexta-feira (24).
Valeixo tinha sido indicado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro , que acabou anunciando sua saída do governo após saber que o ex-diretor foi demitido.
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A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) com assinatura de Moro, que disse que não havia como ele ter assinado o ato, uma vez que nem havia sido informado. Em edição extra do DOU, o Planalto fez uma correção do ato sem a assinatura de Moro.
O novo diretor-geral da PF é um nome próximo ao presidente Bolsonaro, tendo participado da sua escolta pessoal durante a campanha eleitoral de 2018. A decisão foi tomada em reunião no Palácio do Planalto entre o presidente e ministros.
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Ramagem também é um nome que agrada aos ministros da ala militar do governo federal. A Abin é um órgão subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão que tem o general Augusto Heleno como seu ministro-chefe.