A deputada Carla Zambelli (PSL) afirmou hoje, após pedido de demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro , que fica ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Zambelli é conhecida como uma das figuras mais apoiadoras do atual governo.
"Por mais que o Moro seja meu padrinho de casamento e eu esteja triste com a sua saída, eu, como deputada da base, devo apoiar o Bolsonaro ", afirmou Zambelli hoje, 24. Na fala, ela faz referência ao fato de Moro ter sido padrinho de seu casamento com o coronel Aginaldo de Oliveira.
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O casamento aconteceu em fevereiro e, entre os padrinhos, estavam o ex-juíz federal e sua esposa, Rosangela Moro. Na ocasião, Moro chegou a fazer discurso aos convidados e dançou valsa com Zambelli.
Segundo a deputada do PSL, atritos entre Bolsonaro e Moro teriam sido evitados caso ambos tivesse se comunicado de maneira mais eficaz. Ela diz reconhecer a importância do ministro e acredita que, com sua saída, governo pode ser abalado. Ela compara que os “danos” podem ser maiores do que os que a saída de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde proporcionaram.
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Pedido de demissão
Na manhã de hoje, 24, o ex-juiz Sérgio Moro pediu demissão do ministério da Justiça e Segurança Pública. O anúncio era especulado após exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado de Moro.
O presidente Bolsonaro afirmou que gostaria que um contato próximo estivesse no cargo para que "ele pudesse ligar, pudesse colher informações, pudesse colher relatórios de inteligência".
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O ex-ministro também indicou insatisfação com a “quebra” de promessa de Bolsonaro em relação à carta branca. Segundo Moro, o problema não foi a troca em si, mas o fato de não ter sido comunicado. "O que eu sempre disse ao presidente? Presidente, eu não tenho nenhum problema em trocar o diretor geral da Polícia Federal, mas eu preciso de uma causa", afirmou em coletiva de imprensa.
O ex-juíz expressou desconforto em relação aos interesses de Bolsonaro nas operações da Polícia Federal. "O grande problema não é quem entra, mas por que alguém entra", disse.