Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM)
Agência Brasil/Marcello Casal JR
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM)

Depois de ter assumido tom de confronto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma entrevista à Rede Globo , no último domingo (12), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), afirmou, nesta terça-feira (14) a interlocutores, que ter dado a entrevista foi um erro e reconheceu que seu cargo está outra vez em risco.

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Desde o começo de abril, Bolsonaro estuda tirar o Mandetta do cargo, pelas visões diferentes que possuem sobre como lidar com o novo coronavírus (Sars-Cov-2) e o isolamento social – o presidente defende o fim da quarentena, enquanto o ministro recomenda a permanência da medida. A popularidade de Mandetta, que incomoda Bolsonaro, e o apoio político que possuiu tem o impedido isso.

Contudo, a entrevista à Globo fez com que Mandetta  perdesse apoio tanto de militares – que defendiam que Bolsonaro adiasse a demissão para junho – quanto de congressistas. O presidente acredita que desta vez, diferente da última tentativa de demitir o ministro em 6 de abril, a defesa em nome de Mandetta foi menor, segundo relatos de integrantes do Palácio do Planalto divulgadas nesta terça-feira (14) pela Folha de S. Paulo .

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Agora Bolsonaro avalia que pode haver uma oportunidade para pressionar Mandetta de pedir demissão , segundo relatos de deputados bolsonarista. Caso o ministro escolhesse deixar o cargo – e não fosse demitido diretamente por Bolsonaro –, a visão sobre o presidente seria melhor e Mandetta não seria vinculado com a imagem de mártir. 

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Assessores presidenciais de Bolsonaro afirmaram que a partir desta terça (14), Mandetta deve ganhar menos destaque em decisões do governo e participar menos de reuniões. Auxiliares, no entanto, afirmam que ainda não é possível saber se Bolsonaro irá bancar o desgaste em tirar o ministro do cargo.


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