A paciência de Jair Bolsonaro com Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, está perto do fim. Segundo informações do colunista Tales Faria, o presidente tem dito a seus auxiliares que está "de saco cheio" e só não o demitiu ainda para não piorar a crise causada pela Covid-19 no país.
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Ainda de acordo com a publicação, outro dos temores de Bolsonaro é que a saída de Mandetta do comando da pasta da Saúde cause um "rompimento definitivo" com parte do empresariado brasileiro que ajudou o atual presidente durante a campanha de 2018. De qualquer forma, ele já teria escolhido um possível substituto para o cargo: Antonio Barra Torres, médico da Marinha que atualmente ocupa a função de presidente da Anvisa.
As rusgas entre os dois, mesmo que sigilosas, vêm aumentando nos últimos dias, principalmente pelo posicionamento contrário do ministro em relação ao que o presidente prega: enquanto um sucessivamente aponta os efeitos positivos da quarentena, o outro insiste em descumprir orientações da OMS .
Recentemente, Mandetta chegou a afirmar que não irá pedir demissão e que não pretende abandonar "critérios técnicos" sobre tudo o que envolve o novo coronavírus (Sars-Cov-2). Tal posicionamento já levou a conversas internas entre os envolvidos e fez o ministro adotar tom diferente sobre a questão do isolamento.
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Por outro lado, Mandetta parece contar com o apoio de diversos aliados nesta "batalha". Segundo informações do Jornal O Globo, eles preveem uma escalada dos conflitos com Bolsonaro , avaliam que os próximos 15 dias serão determinantes para "mostrar quem está certo" e pediram cautela e resistência por parte do ministro.