Janaina Paschoal foi uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff
Sérgio Galdino
Janaina Paschoal foi uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) disse nesta segunda-feira (16), durante expediente na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que está arrependida de ter votado em Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018, quando ele era candidato a presidente. A parlamantar também defendeu o afastamento dele e pediu que seu vice, o general Hamilton Mourão , assumisse a Presidência.

"Esse senhor tem que sair da Presidência da Republica, deixa o [vice-presidente Hamilton] Mourão que entende de defesa. Nosso país está entrando em uma guerra contra um inimigo invisível. Deixa o Mourão, que é treinado para defesa, conduzir a nação", afirmou Janaina.

Uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por crime de responsabilidade fiscal, a deputada ainda criticou a atitudade do presidente de participar das manifestações de domingo contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

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"Não tem mais justificativa. Como um homem que está possivelmente infectado vai para o meio da multidão? Como um homem, que faz uma live na quinta e diz para não ter protestos, vai participar desses mesmos protestos e manda as deputadas que são paus-mandados dele chamar o povo pra rua?", questionou.

De acordo com Janaina, Bolsonaro não está tomando as devidas precauções para a contenção do novo coronavírus. "Como é que esse homem vai lá, potencialmente contaminando as pessoas, pegando nas mãos, beijando? Ele está brincando? Ele acha que ele pode tudo? As autoridades têm que se unir e pedir para ele se afastar. Nós não temos tempo para um processo de impeachment. Nós estamos sendo invadidos por um inimigo invisível."

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Na semana passada, o presidente chegou a desencorajar que os manifestantes participassem do protesto. Apesar do apelo, muitos deles compareceram mesmo assim e usaram a hashtag #DesculpeJairMasEuVou para confrontar Bolsonaro.

De última hora, o presidente decidiu participar da manifestação de Brasília, ignorando a recomendação do Ministério da Saúde de evitar aglomerações. No início ele estava dentro de um carro, mas depois saiu do veículo. Ele se aproximou o rosto de vários apoiadores para posar para fotos e pegou celulares para tirar selfies.

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