Jair Bolsonaro
Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro negou nesta terça-feira (3) que tenha feito um acordo com o Legislativo na negociação envolvendo o Orçamento impositivo, horas após ter enviado três projetos ao Congresso como parte de um entendimento com parlamentares para manter vetos presidenciais. Em publicação em suas redes sociais, Bolsonaro ainda disse que a manutenção dos vetos irá "garantir a autonomia orçamentária" do governo federal.

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De acordo com parlamentares, os projetos encaminhados nesta terça farão com que o Congresso tenha direito a indicar a prioridade de execução de cerca de R$ 15 bilhões em ações que estão descritas como emendas de relator, com montante da mesma ordem retornando ao controle do Executivo. Sem os projetos, R$ 30 bilhões ficariam como como emendas de relator. Mesmo assim, Bolsonaro disse que não houve negociação sobre esse valor.

"Não houve qualquer negociação em cima dos R$ 30 bilhões. A proposta orçamentária original do Governo foi totalmente mantida. Com a manutenção dos vetos está garantida a autonomia orçamentária do Poder Executivo. O projeto de lei encaminhado hoje preserva a programação original formulada pelo Governo", diz o texto.

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Ao chegar no Palácio da Alvorada, no início da noite, Bolsonaro não quis comentar a publicação: "Está nas minhas mídias sociais. Está nas minhas mídias sociais", disse, insistindo: "Interpretem. Interprete, você tem curso superior para isso".

Após passar a tarde em reuniões e negociações à espera dos projetos de lei, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que há "entendimento" para manter o veto presidencial e votar os projetos que distribuem a execução das verbas.

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"Vamos manter o veto presidencial que foi acordado e vamos votar agora a regulamentação do orçamento impositivo . Os líderes fizeram um entendimento republicano e democrático, preciso frisar isso. Entendimento, diálogo e conciliação fazem parte da democracia. Não vamos nos furtar de conversar. O entendimento é que os líderes estavam colhendo as assinaturas para que gente pudesse ter a maioria absoluta na Câmara e no Senado para trazermos os PLN da Comissão de Orçamento para o Plenário", disse Alcolumbre.

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