O presidente Jair Bolsonaro
nomeou nesta sexta-feira (14) o almirante Flávio Augusto Viana Rocha
para a Secretaria de Assuntos Estratégicos
e, com isso, fortaleceu a presença de militares no alto escalão do Planalto
. A decisão foi publicada do Diário Oficial da União (DOU), onde consta também a elevação do status do cargo, que agora passa a fazer parte do núcleo ligado ao gabinete presidencial.
A nomeação de Flávio Rocha marca a retomada de poder da ala militar nos cargos que participam da tomada de decisões da Presidência da República. Durante o ano de 2019, membros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica foram aos poucos perdendo espaço para a chamada ala ideológica do governo. Esse grupo é comandado pelos filhos do presidente Jair Bolsonaro, principalmente Carlos, e seguidores do escritor Olavo de Carvalho .
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Até então o comandante do 1º Distrito Naval, no Rio de Janeiro, o nome de Flávio Rocha já era cogitado pelo menos desde a semana por Bolsonaro para assumir algum cargo no governo. "Estamos comprando o passe dele da Marinha. Ele vem trabalhar com a gente aqui. Está quase certo. Não vai ser ministro, não, apesar de ele merecer", disse Bolsonaro em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo
.
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Segundo o presidente, Rocha será mais "um colega para ajudar" no gabinete e recebeu a missão de ajudá-lo nas ações do governo federal. O almirante fala seis idiomas e trabalhou por quatro anos como assessor parlamentar da Marinha no Congresso. "É sempre bom ter pessoas qualificadas, com o coração verde e amarelo para estar do nosso lado", disse Bolsonaro.