O ex-presidente Lula
tem aumentado a pressão para que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, seja novamente o candidato petista às eleições municipais. Quadros do PT mais alinhados ao ex-presidente acreditam que lançar o ex-deputado Jilmar Tatto pode significar um risco político para o partido, levando a sigla a se tornar uma lniha auxiliar do PSOL.
No entanto, Fernando Haddad não deseja concorrer à prefeitura da capital por temer nova derrotada esmagadora, como aconteceu nas eleições municipais de 2016 quando o ex-prefeito obteve apenas 16,7%, perdendo para o ex-prefeito João Dória (PSDB). Haddad já havia negado o pedido Lula, mas interlocutores de ambos acreditam que ele irá reconsiderar.
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Pesquisas do partido mostram que Haddad
é o nome mais viável, por ser o candidato mais conhecido e de maior projeção. Mesmo assim, as analises petistas dão quase como certas que o ex-prefeito seria o escolhido para puxar a máquina petista até o segundo turno, quando então seria derrotado por qualquer outro candidato. Porém, Lula encara que a estratégia é válida para não tornar o PT uma linha auxiliar do PSOL na maior capital do país, assim como ocorreu em outro reduto importante - o Rio de Janeiro.
Haddad teme participar do pleito e se inviabilizar politicamente para as eleições de 2022, quando provavelmente será o nome escolhido em caso de enegibilidade do ex-presidente Lula. O ex-prefeito avalia que o antipetismo e a derrota de 2016 não o tornam um candidato competitivo.
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Segundo o jornal Folha de S.Paulo , as conversas correm todas nos bastidores, pois Lula não deseja expor publicamente um dos seus principis aliados e apoiadores. Haddad aceitou ser vice na chapa de Lula nas eleições de 2018, como uma alternativa caso o presidente não pudesse disputá-las. Embora Haddad tenha conseguido um resultado eleitoral considerável na disputa presidencial de 2018, quando obteve 44,87 % dos votos contra Jair Bolsonaro no segundo turno, o petista acredita não ser o suficiente para barrar o antipetismo e o conservadorismo que avançam sobre São Paulo nas gestões Covas e Doria (PSDB).