Os último três prefeitos da cidade de São Paulo (Fernando Haddad, João Doria e Bruno Covas) deixaram de investir entre 2015 e 2019 o equivalente a R$ 2,7 bilhões em obras anticheia durante o período de chuva
na capital. As últimas três administrações tinham um plano em comum de desembolsar o total de R$ 3,8 bilhões (em números atualizados) em obras em corrégos, mas, apenas R$ 1, 1 bilhão foi gasto no período de cinco anos.
Intervenções em corrégos com histórico de transbordamento, drenagem, retirada de entulho e desassoreamento de rios e corrégos são alguns dos serviços de zeladoria urbana que a Prefeitura de São Paulo tinham planejamento orçamentário para investir. Esses, porém, não saíram do papel. Segundo dados compilados pelo jornal O Estado de S.Paulo , entre 2014 e 2019 86% da verba destinada para conter danos gerados pela chuva foi utilizada, representando R$ 835 milhões dos R$ 970 milhões disponíveis.
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Um dos motivos atribuidos para que o investimento não fosse feito é a não transferência de recursos federais para a Prefeitura de São Paulo, como havia sido combinado. Durante a gestão Haddad (PT), no ano de 2016, o governo federal deveria transferir R$ 756 milhões para serem utilizados em obras de controles de cheias, porém R$ 16 milhões foram repassados à cidade ao final daquele ano. Haddad respondeu em nota ao UOL: "O que fiz com os córregos é equivalente à construção de dez piscinões", o ex-prefeito assumiu não ter cumprido o planejamento, por conta dos repasses não terem sido feitos pelo governo federal.
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Doria e Covas (PSDB) previam investir a partir de recursos obtidos em operações de crédito - empréstimos entre Prefeitura e instituições financeiras. Durante a gestão de João Doria o planejamento era de investir R$ 46 milhões, mas não houve desembolso. Já durante a administração Covas, a Prefeitura estimava gastar R$ 133 milhões oriundos das operações de crédito, mas R$ 171 mil foram investidos. Os políticos do PSDB não se manifestaram sobre o motivo de não terem cumprido o planejamento.