O Conselho de Ética da Câmara
arquivou nesta quarta-feira (12), por 13 votos a zero, uma representação contra a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) por quebra de decoro parlamentar.
Acusada pelo próprio partido, o PSL, a deputada teve apoio até mesmo da oposição. Deputados de PT, PSOL e PSB votaram a favor de Carla Zambelli
.
Leia também: PSL denuncia seis deputados do próprio partido ao Conselho de Ética da Câmara
Assinado pelo presidente nacional do PSL
, Luciano Bivar, o pedido de punição à deputada elenca uma série de ataques nas redes sociais à sua colega de partido, Joice Hasselmann
(PSL-SP). Entre os insultos proferidos, estão o uso da expressão "Peppa", considerado ofensivo por ser sinônimo de "porca" no contexto da discussão.
Alguns parlamentares criticaram a postura da Zambelli, mas de forma unânime avaliaram que o caso não era de quebra de decoro.
Leia também: Corrupção, briga e cuspe: quebra de decoro e por que ela é quase lenda no Brasil
O relator do caso, Márcio Marinho (Republicanos-BA), apresentou relatório favorável à deputada. O argumento principal pelo arquivamento é o instituto da imunidade parlamentar, que protege o discurso e possibilidade de expressão de parlamentares eleitos.
"A imunidade alcança o parlamentar, tenha ele feito falado dentro ou fora do recinto da casa legislativa", disse Márcio Marinho.
Eleita pelo PSL de São Paulo, Carla Zambelli segue no partido, mas já deu indícios de que deve se mudar para o Aliança pelo Brasil assim que o partido de Bolsonaro conseguir a inscrição no TSE.