Na última sessão de 2019, a Câmara de vereadores do Rio registrou ausências
Leo Martins / Agência O Globo
Na última sessão de 2019, a Câmara de vereadores do Rio registrou ausências

Dos 51 vereadores que batem ponto no Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara do Rio, nem todos batem tanto ponto assim. Dezessete deles tiveram 100% de presença nas sessões entre janeiro e novembro de 2019 (os dados de dezembro ainda não foram divulgados).

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Entre os mais faltosos do Rio , o líder foi Willian Coelho (MDB), com 11. Em seguida, veio Dr João Ricardo (MDB), com nove. O Globo procurou todos os vereadores que tiveram pelo menos cinco faltas no período. Os outros que integraram essa estatística foram Marcelo Arar (PTB) e Junior da Lucinha (MDB), com seis; e Atila Nunes (MDB) e Leonel Brizola Neto (PSOL), com cinco.

Foi levado em consideração o saldo de faltas após os abonos — casos em que atestados médicos são apresentados. Durante todo o ano passado, 11 sessões da Casa não aconteceram por falta de quórum.

Quando o Globo fez o levantamento, a líder era Verônica Costa (MDB), com 19 faltas. Procurada, ela se justificou alegando os trabalhos que faz nas ruas da cidade, como inspeção de hospitais e escolas. Além disso, citou dois problemas de saúde. Dias após a entrevista, porém, ela conseguiu abonar todas as faltas: "nunca perdi uma votação importante".

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Willian Coelho contestou os dados que constam no site da Câmara e disse que teve oito faltas, e não 11. Segundo ele, as três a mais foram em fevereiro — quando disse ter ido, mas deixado as sessões antes do final — e em novembro, por problemas com atestados médicos. Sobre as oito ausências, ele também citou trabalhos externos:

"O trabalho do vereador não é apenas dentro da Câmara. Moro em Sepetiba e tenho base e gabinete lá, que é muito longe", explicou ele, destacando que faltas sem justificativa são descontadas no contracheque.

As justificativas de Dr. João Ricardo (MDB) incluem uma pedra no rim e uma viagem oficial ainda abonada.

"A Câmara nem sempre é muito ágil nesses processos", afirmou o vereador, que admitiu ter faltado em outras ocasiões. "Não me lembro dos motivos do resto".

O gabinete de Átila Nunes esclareceu que pretende contestar uma das faltas, em 19 de fevereiro, quando afirma ter estado na Câmara e, inclusive, votado. Sobre uma ausência em maio, garante ter ido, mas deixado a sessão mais cedo. As demais faltas seriam em decorrência de uma viagem previamente marcada — o vereador assumiu o posto apenas 2019: até 2018 era suplente e herdou a vaga de Chiquinho Brazão (MDB).

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O gabinete de Leonel Brizola respondeu que ele faltou por “questões pessoais ou de força maior”. Procurados, Junior da Lucinha e Marcelo Arar não retornaram até o fechamento desta reportagem.

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