Em texto, presidente relembrou atentado que sofreu durante campanha eleitoral
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Em texto, presidente relembrou atentado que sofreu durante campanha eleitoral

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou o pronunciamento de Natal em cadeia nacional de rádio e televisão nesta terça-feira para fazer uma defesa do seu primeiro ano de governo. Ao lado da sua mulher, Michelle Bolsonaro , o presidente elencou medidas tomadas pela atual gestão, elogiou seus 22 ministros e disse que o ano termina sem “qualquer denúncia de corrupção”.

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O pronunciamento durou em torno de dois minutos e meio. Bolsonaro estava ao lado de Michelle Bolsonaro que vestia uma camisa vermelha com o nome “Jesus” estampado em letras brancas.

Bolsonaro começou seu pronunciamento agradecendo “a Deus” que, segundo ele, lhe deu uma segunda vida, em alusão ao atentado sofrido em 2018 durante as eleições quando ele foi atingido por uma facada desferida por Adélio Bispo e teve que ser submetido a diversas cirurgias. Logo em seguida, ele elogiou seu quadro de ministros.

"Tenho que agradecer a Deus que me deu uma segunda vida e tive a possibilidade ímpar de escolher 22 ministros pelo critério técnico e compromissados pelo futuro do Brasil", disse Bolsonaro.

Na parte final do vídeo, a primeira-dama também falou, desejando paz e um bom Natal às famílias.

Em outro trecho, Bolsonaro diz ter assumido o brasil em meio a uma crise “ética, moral e econômica”.

"Sabia que não seria fácil. Assumi o Brasil com uma profunda crise ética, moral e econômica. Agradeço aos ministros, servidores e empresários pela confiança no crescimento do país. E ao povo brasileiro pela compreensão e orações que nos levaram a várias realizações. O governo mudou", afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro ignorou os escândalos envolvendo o seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido) e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL) e disse que o ano de 2019 terminava sem nenhuma denúncia de corrupção.

"Estamos terminando 2019 sem qualquer denúncia de corrupção. O mundo voltou a confiar no Brasil", disse Bolsonaro.

Apesar do discurso, o ano de 2019 foi marcado pelo agravamento das investigações relacionadas à família Bolsonaro. Flávio é investigado pelo seu suposto envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Segundo as investigações, funcionários de seu gabinete devolviam parte dos seus salários.

Flávio nega envolvimento no esquema, mas segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), há indícios de que ele teria lavado dinheiro utilizando uma loja de chocolates da qual é sócio. As investigações mostraram que Fabrício Queiroz teria depositado R$ 24 mil na conta de Michelle Bolsonaro. O presidente alega que o dinheiro era o pagamento de um empréstimo feito a Queiroz.

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O outro caso de corrupção que ganhou destaque nas proximidades de Bolsonaro envolve o ministro do Turismo. Marcelo Álvaro Antônio foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) por seu suposto envolvimento em um esquema que desviava verbas eleitorais para candidaturas-laranja. O ministro nega participação no caso.

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