De olho no apoio do presidente Jair Bolsonaro para sua candidatura de reeleição em 2020, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella , postou na noite deste sábado um vídeo em suas redes sociais no qual presta solidariedade ao senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), investigado pelo Ministério Público do Rio por peculato e lavagem de dinheiro.
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"Presto minha solidariedade ao Senador Flávio Bolsonaro, pela grande perseguição que vem enfrentando. Quando não somos coniventes com a corrupção, é isso o que acontece: somos atacados. Mas a verdade sempre vai prevalecer. Não vão derrubar os que foram, democraticamente, eleitos", escreveu Crivella na postagem em que exibe o vídeo com seu apoio a Flávio.
No vídeo, o prefeito diz que políticos do Rio "hoje cumprem pena maior do que o maníaco do parque". Depois, critica a imprensa e o Judiciário:
"Setores da Justiça eram coniventes com aquele império da corrupção. E, agora, quando o povo consegue nas urnas, de maneira espetacular, eleger um jovem senador, se voltam contra ele aquelas forças que antes apoiavam os corruptos. Por isso, venho repudiar veementemnte essa campanha caluniosa contra o senador Flávio Bolsonaro . Tenho certeza de que tenta também atingir seu pai, que já quase morreu com uma facada durante a eleição e que os inconformados com a derrota tentam derrubar de todas as formas uma decisão otmada soberanamente pelo povo brasileiro que foi levá-lo à Presidência para que conduza a nação ao progresso".
O presidente já afirmou que “gosta” do prefeito do Rio
, mas disse que não vai anunciar apoio a nenhum candidato ainda.
Segundo pesquisa do Datafolha encomendada pelo Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”, a gestão de Crivella
é reprovada por 72% dos entrevistados, que a consideram ruim ou péssima.
"Eu não vou dizer quem vou apoiar, quem não vou, eu tô livre agora, tô solteiro, você quer que eu case com alguém agora? Nao vou casar. Gosto do Crivella, me dou bem com ele, (mas) a população é quem vai decidir quem vai ser o futuro prefeito", disse o presidente.
Bolsonaro afirmou ainda que sua participação nas eleições municipais será definida pelo entendimento a ser firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral sobre a coleta de assinaturas de forma eletrônica na criação de novos partidos, o que agilizaria o procedimento e permitiria a criação da legenda de Bolsonaro, a Aliança pelo Brasil.
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"Depende da modulação do TSE , se nao for possível eu vou continuar sem partido, e como é obrigatório ter um partido, nao sei como vai ficar as eleições municipais do ano que vem com a minha participação ou não. O Rio de Janeiro vem sofrendo muito, espero que acertem a questão eleitoral", afirmou.