Jair Bolsonaro conversou com jornalistas na área da piscina do Palácio do Alvorada neste sábado (21)
Isac Nóbrega/PR
Jair Bolsonaro conversou com jornalistas na área da piscina do Palácio do Alvorada neste sábado (21)

O presidente Jair Bolsonaro disse, neste sábado (21), que há um abuso do Ministério Público nas investigações envolvendo o suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, na época em que era deputado estadual no Rio. Bolsonaro defendeu um controle sobre o órgão, mas afirmou não fazer qualquer movimento para atrapalhar a investigação.

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"Então, a questão do MP. Tá sendo um abuso. É o que noto. Qual a interferência minha? zero", disse o presidente sobre o caso Flávio Bolsonaro .

A declaração foi dada pelo presidente na área da piscina do Palácio do Alvorada, onde recebeu jornalistas que cobrem o dia-a-dia do governo para uma conversa sobre um balanço de seu primeiro ano de mandato.

Ele aceitou conceder a entrevista, mas pediu que repórteres não questionassem sobre a vida pessoal. Durante a conversa, no entanto, disse que encerraria a entrevista se fizessem "alguma pergunta chata." Em seguida, sobre a investigações de Flávio e ele respondeu, afirmando que não daria espaço a mais questionamentos sobre o tema.

"Vou responder sem a réplica. O processo está em segredo de Justiça? Te respondo, tá. Quem é que julga. O MP ou juiz? Os caras vazam e julgam, paciência, pô", afirmou.

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Bolsonaro afirmou ainda que há um "estardalhaço" com objetivo apenas de promover um desgaste. Ele ainda criticou o vazamento de detalhes da investigação que estão sob segredo de justiça.

"Qual é a intenção? Um estardalhaço enorme. Será porque falta materialidade para ele e o que vale é o desgaste agora? Quem está feliz com essa exposição aí absurda na mídia? Alguém está feliz com isso", opinou, sinalizando que o assunto o incômoda: "Agora, se eu não tiver a cabeça no lugar, eu alopro", acrescentou.

Controle do MP

Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro
PSL / DIVULGAÇAO
Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro

O presidente lembrou que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) repassou dados de seu filho Flávio e criticou a divulgação das informações pelo Ministério Público.

"Por exemplo, se entra na conta de uma funcionária R$ 60 mil, ela botando na minha conta. Vai ser um escândalo. No dia seguinte, vou mostrar que vendi o carro para ela. Já está feita a besteira. É assim que se deve comportar o Ministério Público?", questionou.

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Bolsonaro, em seguida, defendeu uma forma de controle ao Ministério Público, que não seja exercida pelo poder Executivo.

"Todo poder ter que ter uma forma de sofrer um controle. Não é do Executivo, é um controle. Quando começa perder o controle, busca pelo em ovo... Eu sou réu no Supremo, sofri muito processo os mais variados possíveis", completou Bolsonaro .

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