O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu na noite desta terça-feira (10) a suspensão de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e mais 13 parlamentares das atividades partidárias do PSL .
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Com isso, Eduardo já está automaticamente destituído da liderança do partido da Câmara. Joice Hasselmann , por sua vez, deve assumir o cargo no PSL . Deputados alinhado ao presidente nacional da sigla, Luciano Bivar (PE), devem apresentar uma lista de assinaturas com apoio a Joice para fazer a substituição na manhã desta quarta-feira (11).
"Os deputados sancionados ficam afastados do exercício de funções de liderança ou vice-liderança, bem como ficam impedidos de orientar a bancada em nome do partido e de participar da escolha do líder da bancada em nome do partido e de participar da escolha do líder da bancada durante todo o período do desligamento", registra a decisão de Maia. Ele acrescentou que ao receber comunicação das punições "não compete à Câmara dos Deputados imiscuir-se no mérito da sanção, cabendo-lhe somente averiguar a observação das formalidades".
Na sexta-feira, Joice já tinha 18 assinaturas para assumir a liderança. Para que a Câmara reconheça a nova líder, é necessário colher o apoio de no mínimo mais da metade da bancada. O PSL tem 53 deputados. Mas, com o reconhecimento da suspensão, a nomeação poderá feita com pelo menos 19 assinaturas.
Na tarde desta terça-feira, deputados bivaristas estiveram com Maia para conversar sobre o pedido de suspensões.
Na semana passada, deputados aliados a Bivar começaram a costurar acordo para Joice assumir a liderança. Alguns discordaram da escolha, pois a viam como um nome hostil ao presidente Jair Bolsonaro. Apesar disso, Joice conseguiu reunir o maior número de apoiadores.
Um dos cotados para assumir a liderança era o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Felipe Francischini (PR). O deputado, entretanto, não se candidatou para assumir o posto.
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A Executiva do PSL recomendou afastamento de 12 meses das atividades parlamentares aos deputados Eduardo Bolsonaro (SP), Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG) e Daniel Silveira (RJ). Já Sanderson (RS) por dez meses.
O líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (GO), e Carlos Jordy (RJ) receberam suspensão de sete meses. Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR) e Márcio Labre (RJ) foram afastados por seis meses. E Cabo Junio Amaral (MG), General Girão (RN) e Luiz Phillippe de Orleans e Bragança (SP) ficam três meses afastados.