O ex-presidente Lula voltou a falar que é vítima de perseguição nesta terça-feira (10) em um evento na região central de São Paulo e disse que "vai estar na rua" a partir de janeiro do ano que vem. O petista também comentou a operação da Polícia Federal que fez trabalhos de busca e apreensão no âmbito de investigações de repasses do grupo Oi para uma empresa do filho dele Fábio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha .
"Eu fico preocupado porque essa gente, agindo como está, joga no descrédito instituições que criamos ao longo da história do País que precisam ter credibilidade e precisam honrar a função das pessoas", disse o ex-presidente.
Lula também voltou a criticar a imprensa e disse que os veículos de comunicação "construíram mentiras" sobre ele para evitar que ele pudesse voltar à presidência. "Como sabiam que eu ia
ganhar no voto, contruíram mentiras. Mentiras apoiadas pela mídia brasileira. Eu tenho consciência que eles não vão me dar trégua, mas também tenho a certeza de que não vou dar trégua pra eles", afirmou.
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Sem citar nomes, o ex-presidente também fez críticas ao governo. "Essa gente que está aí eu considero gente do mal. Não está para construir, está para destruir todos os sonhos que construimos", disse o petista.
O evento desta terça-feira foi o relançamento do livro A Verdade Vencerá: O Povo Sabe por que me Condenam , realizado na Quadra dos Bancários, no centro de São Paulo. A obra foi lançada em 2018 pela editora Boitempo quando o petista ainda cumpria pena na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, no caso do sítio de Atibaia.
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Ele foi solto após o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar o entendimento que tinha desde 2016 sobre prisões após condenação em segunda instância. Por 6 votos a 5, a Corte decidiu condenados em segundo grau de jurisprudência podem recorrer em liberdade até que sejam esgotadas as últimas possbilidades de recurso, o chamado trânsito em julgado.