A defesa do ex-presidente Lula
apresentou uma petição nesta sexta-feira (6) contra os argumentos apresentados pela Procuradoria-Geral da República
que descarta a suspeição do ex-juiz Sergio Moro
nos julgamentos do petista quando o atual ministro chefiava a 13ª Vara Criminal de Curitiba. O advogado Cristiano Zanin Martins disse que manifestação é "extemporânea e objetiva apenas tumultuar o bom andamento" do julgamento.
Nesta sexta-feira, A PGR disse que a troca de mensagens entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, que coordena a Operação Lava Jato em Curitiba, é "absolutamente normal" e que membros do Ministério Público e juízes podem conversar sem a presença de advogados de defesa.
“Em nosso sistema, a lei não exige que uma parte só tenha contato com o julgador na presença da outra. É absolutamente comum que membros da Advocacia e do Ministério Público conversem com o julgador sem a presença da outra parte”, diz o comunicado da PGR.
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Segundo a série de reportagens da Vaza Jato, do site The Intercept Brasil , Moro e Dallagnol conversaram por meio do aplicativo de mensagens Telegram e o ex-juiz teria contribuído com o envio de provas no âmbito das investigações do caso do tríplex de Guarujá, que envolve o ex-presidente Lula.
No caso do apartamento do litoral paulista, Moro condendou Lula a nove anos e seis meses de prisão, sendo que, ao chegar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pena foi reduzida para oito anos, dez meses e 20 dias.