A Comissão do Orçamento da Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira (4) o aumento do fundo eleitoral
para R$ 3,8 bilhões. Este valor é repassado aos partidos para ser usado nas campanhas dos candidatos nas eleições de 2020. Para que o aumento aconteça, porém, o governo será obrigado a reduzir despesas de ministérios, entre eles Saúde, Educação, Infrastrutura e Desenvolvimento Regional.
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De acordo com o jornal Folha de S. Paulo , apenas no MEC devem ser cortados R$ 280 milhões. Cabe à pasta se adequar à nova realidade. Em Saúde o corte de despesas pode chegar em até R$ 500 milhões e em Infraestrutura, o ministério terá que abrir mão de R$ 380 milhões.
O corte de despesas pode ter impacto direto na população, sobretudo na área de Saúde. O Fundo Nacional de Saúde , por exemplo, responsável pela Farmácia Popular, que distribui remédios gratuitos ou de menor custo, terá uma redução de R$ 70 milhões.
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Na área de Infraestrutura, o programa Minha Casa, Minha Vida já teve uma redução de verbas anunciadas em R$ 70 milhões.
Nas eleições de 2018, o fundo eleitoral foi de R$ 1,7 bilhão. O aumento superior a R$ 2 bilhões dois anos depois foi necessário, segundo deputados favoráveis à medida, porque a quantidade de candidatos em eleições municipais é maior.
O valor de R$ 3,8 bilhões será dividido entre os partidos com representações na Câmara dos Deputados. Quanto maior a bancada, maior o valor. Atualmente, PT e PSL possuem mais cadeiras na Casa e, assim, ficarão com as maiores somas.
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Além do fundo eleitoral , os partidos ainda contam com o fundo partidário para as campanhas.