A decisão do presidente Jair Bolsonaro em sair do Partido Social Liberal (PSL) será comunicada na tarde desta segunda-feira (11). Segundo a Revista Crusué, Bolsonaro convocou os deputados da sigla para uma reunião no Palácio do Planalto, às 16h, momento em que deve oficializar a saída. Tanto parlamentares bolsonaristas quanto os que apoiaram Luciano Bivar , o presidente do partido, estarão presentes no encontro.
De acordo com a Folha de São Paulo, os deputados e senadores considerados como 'traidores' por Bolsonaro, como Joice Hasselmann (SP), Delegado Waldir (GO) e Major Olímpio não foram convidados.
Em uma entrevista que ocorreu na última semana durante o programa Em Foco, na GloboNews, Luciano Bivar
disse à jornalista Andréia Sadi que o conservadorismo radical representado pelos bolsonarismo não tem mais espaço no liberalismo da sigla.
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"Você tem hoje um conservadorismo radical e você tem um liberalismo. Essas duas correntes provavelmente não podem viver sob o mesmo teto", disse Bivar.
A possível saída de Bolsonaro do PSL integra um importante dentro dos conflitos que ele e Bivar enfrentaram, além de ser um capítulo significativo para as eleições de 2022. O descontentamento do presidente com a falta de espaço no partido gera expectativas sobre outras legendas.
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De acordo com informações da IstoÉ, o destino mais provável é o Partido Militar Brasileiro
. O deputado Capitão Augusto
(PL-SP) está criando a nova legenda e disse que a legenda está à disposição. O partido pode ser o 36º a ser criado no Brasil e já conta com mais de 491 mil assinaturas necessárias para ser aprovado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O deputado Capitão Augusto é conhecido por ser um defensor do armamento massivo da população e por coordenar a 'bancada da bala' na Câmara Federal.
O presidente já havia definido que deixaria o PSL no início de outubro. Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, ao menos 20 parlamentares seguiriam Bolsonaro . Os filhos do presidente encabeçam a lista.