Sede do Ministério Público Federal
José Cruz/ABr
Sede do Ministério Público Federal

A força-tarefa da Lava Jato de Curitiba fez críticas contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que acabou com a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Apesar de frisaram que o entendimento do Supremo deve ser respeitado, os procuradores demonstram preocupação com o risco de impunidade para acusados de crimes de colarinho branco.

"A decisão do Supremo deve ser respeitada, mas como todo ato judicial pode ser objeto de debate e discussão... A decisão de reversão da possibilidade de prisão em segunda instância está em dissonância com o sentimento de repúdio à impunidade e com o combate à corrupção, prioridades do país", afirma nota divulgada pelos procuradores na noite desta quinta-feira.

Leia também: Fachin: fim de prisão em 2ª instância tira mecanismo importante contra crime 

Você viu?

A Lava-Jato estima que pelo menos 38 condenados no Paraná serão beneficiados pela decisão. Além de Lula, o ex-ministro José Dirceu, que cumpre pena no presídio de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba , também poderá ser solto.

No comunicado, a Lava Jato prevê que a operação sofrerá impacto em seu trabalho de combate à corrupção .

Leia também: Toffoli vota contra prisão após condenação em segunda instância

"A existência de quatro instâncias de julgamento, peculiar ao Brasil, associada ao número excessivo de recursos que chegam a superar uma centena em alguns casos criminais, resulta em demora e prescrição, acarretando impunidade. Reconhecendo que a decisão impactará os resultados de seu trabalho, a força-tarefa expressa seu compromisso de seguir buscando justiça nos casos em que atua", afirmou nota da Lava Jato .

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!