A fala do deputado federal e líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro
, sobre a possibilidade de um novo AI-5
uniu parlamentares de partidos que vão da esquerda à direita em críticas à declaração dada por ele nesta quinta-feira (31) em entrevista à jornalista Leda Nagle. Entre os deputados que criticaram Eduardo estão membros do PT, PSOL, PSDB, MDB, DEM e o próprio PSL.
Além das críticas, lideranças de partidos de esquerda disseram que vão entrar com uma representação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a cassação do mandato de Eduardo no Conselho de Ética da Câmara.
Leia também: Maia diz que fala de Eduardo Bolsonaro sobre AI-5 é repugnante e defende punição
Em um tuíte, o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ)pediu que os “defensores da democracia e da liberdade” se unam para “dar uma resposta à altura a mais esse gravíssimo ataque ao Estado de Direito”.
“A apologia do filho do presidente ao AI-5 , que significa o fechamento do Congresso e a perseguição de opositores, é um crime contra a Constituição e as instituições democráticas”, escreveu.
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo , foi outro que se manifestou em repúdio à declaração do filho do presidente Jair Bolsonaro .
“Ameaçar a democracia é jogar o Brasil novamente nas trevas. O PSDB nasceu na luta pela volta da democracia no Brasil condena de maneira veemente as declarações do filho do presidente da República”, disse Araújo.
Após a repercussão negativa da declaração, Eduardo Bolsonaro voltou a fazer referência à ditadura militar. Em seu perfil no Facebook ele publicou o vídeo em que seu pai, então deputado federal, exalta o coronel Brilhante Ustra, primeiro militar reconhecido pela Justiça brasileira como torturador, durante o voto dele a favor do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
"Se você está do lado da verdade, NÃO TENHAIS MEDO!", escreveu Eduardo na publicação do vídeo.