O presidente Jair Bolsonaro evitou falar diretamente sobre a crise no governo envolvendo integrantes do PSL na tarde desta quinta-feira.
Horas depois de destituir a deputada federal Joice Hasselmann da liderança do governo e ficar sabendo que o líder do partido na Câmara, delegado Waldir , declarou que poderia implodir o governo, além de ter chamado o presidente de "vagabundo", Bolsonaro disse em Florianópolis que só deve lealdade ao povo.
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Ao final do discurso, o presidente voltou a atacar a crise política, sem citar nomes. Para Bolsonaro, a briga é feita por pessoas que "não nos deixam em paz".
"Alguns, de forma mesquinha, buscam atingir o governo, mas a grande parte quer o bem", disse o presidente, para quem esse trabalho é resultado de uma "minoria incansável".
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Ao cumprimentar as pessoas que participavam de evento na Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal, na capital catarinense, o presidente disparou: "(...) E queria agradecer ao povo, povo esse a quem devo unicamente lealdade".
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Durante o evento, Bolsonaro sancionou a Medida Provisória (MP). que permite e venda de bens apreendidos com traficantes. A MP 885/19 agiliza o repasse, a estados e ao Distrito Federal, de recursos decorrentes da venda de bens apreendidos relacionados ao tráfico de drogas. A MP dá à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) o poder de leiloar esses bens antes do término do processo criminal.
Ao falar sobre o mecanismo conhecido como "excludente de ilicititude", o presidente defendeu a medida que ainda está em tramitação no Congresso Nacional dentro do pacote de medidas de segurança proposto pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, também presente no evento.
"Não é carta branca para matar, mas é carta branca para não morrer", afirmou presidente.