Fundador do PSL, Luciano Bivar é investigado por fraudes eleitorais
Pablo Valadares/Agência Câmara
Fundador do PSL, Luciano Bivar é investigado por fraudes eleitorais


O presidente do PSL , Luciano Bivar , é investigado pelo suposto uso de três falsas candidatas, ou candidatas laranjas, nas eleições do ano passado em Pernambuco com o objetivo de desviar dinheiro público do fundo eleitoral. As três candidatas a deputada pelo PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, receberam R$ 778 mil do fundo eleitoral e obtiveram apenas 3.303, segundo disse ao GLOBO uma fonte que conhece de perto as investigações.

Leia também: PSL rebate Bolsonaro e diz que vai apurar 'excessos' contra o partido

Bivar e outros dirigentes do PSL de Pernambuco são investigados pela suposta prática de caixa dois e apropriação de recursos eleitorais, crimes previstos nos artigos 350 e 354A, do Código Eleitoral. Para a Polícia Federal, as mulheres teriam cedido os nomes como uma forma de acobertar desvios do fundo partidário para outras finalidades não previstas na lei eleitoral. Não há informação se os recursos foram usados em outras campanhas eleitorais.

Pela regras em vigor, 30% do fundo eleitoral teria que ser empregado em campanhas femininas. O Ministério Público endossou as suspeitas da polícia nos pedidos que deram origem às buscas em endereços de Bivar e outras pessoas vinculadas ao PSL, em Recife. As supostas laranjas seriam Maria de Lourdes, Erica Siqueira e Mariane Nunes. Maria de Lourdes recebeu R$ 400 mil e teve 274 votos.Erica Siqueira foi destinatária de R$ 250 mil e obteve 1.315 votos. Mariane teria sido contemplada com R$ 128 mil e amealhou apenas 1.714 votos.

Leia também: “Tic tac Bolsonaro” vira um dos assuntos mais comentados nas redes

As buscas na casa do presidente do PSL foram autorizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco ontem. Seis dos sete desembargadores eleitorais entenderam que os indícios recolhidos pela polícia seriam suficientes para justificar a medida de força. O placar só não foi 7 x 0 porque um dos desembargadores entendeu que as buscas não seriam necessárias em alguns dos endereços indicados pela polícia.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!