A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) criticou o PDT durante entrevista nesta segunda-feira (14) no programa Roda Viva , da TV Cultura , e disse que "prevaleceu a lógica eleitoreira" do partido durante a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. "O PDT não pode reclamar que não me conhecia antes de eu ser eleita", afirmou a deputada.
Quando o projeto da reforma da reforma da Previdência foi colocado em votação no plenário, Tabata foi contra a orientação partido, que havia dito que seus deputados deveriam votar contra a proposta.
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A bancada do PDT na Câmara é formada por 27 deputados federais e, além de Tabata, mais sete deputados votaram a favor da reforma da Previdência: Alex Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Silvia Cristina (RO), Marlon Santos (RS), Jesus Sérgio (AC), Gil Cutrim (MA) e Flávio Nogueira (PI). Todos eles foram suspensos do partido como partido.
Por conta da suspensão da sigla, Tabata fez críticas ao PDT por ela estar em uma posição que não consiga continuar propondo seus projetos. "Eu estou suspensa sem nenhuma previsão de julgamento. Eu tenho que pedir para outros deputados continuarem meus trabalhos porque eu não estou conseguindo fazer nada", disse a deputada.
Sobre uma eventual mudança de partido, a parlamentar disse que ainda não sabe o que vai acontecer, mas deixou claro que está descontente com o PDT e que vai entrar na Justiça para pedir um mandato. "Não há diálogo com o PDT desde a minha suspensão. Me relacionei com vários políticos de outros partidos porque eu tinha que cavar meu espaço na Câmara", afirmou.