Filho do presidente voltará ao cargo de vereador na Câmara do Rio
Renan Olaz/CMRJ
Filho do presidente voltará ao cargo de vereador na Câmara do Rio

Após um mês de licença não remunerada, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) volta ao trabalho na Câmara Municipal do Rio na quinta-feira (10). O período de afastamento, de 30 dias, termina nesta quarta, e o vereador não pedirá sua ampliação. A informação foi confirmada ao Globo pela chefia de gabinete de Carlos.

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Para pedir a licença,  Carlos Bolsonaro se baseou no artigo 11, inciso I, do Regimento Interno da Câmara, que versa sobre afastamento para "tratar de assuntos particulares" em um período que não pode ultrapassar 120 dias por sessão legislativa. O mesmo artigo afirma que o tempo de afastamento não pode ser inferior a 30 dias.

Segundo a chefia de gabinete de Carlos, o motivo da licença foi acompanhar a cirurgia e a recuperação do pai, o presidente Jair Bolsonaro , operado no dia 7 de setembro por conta de uma hérnia incisional. Este foi o quarto procedimento cirúrgico por que Bolsonaro passou desde a facada sofrida durante evento de campanha em Juiz de Fora (MG), no ano passado. Carlos enviou o pedido ao presidente da Câmara , Jorge Felippe, no dia 6 de setembro, mas o documento só foi despachado no dia 10, quando começou a contar o prazo da licença.

Na véspera do afastamento, o vereador fez uma publicação em seu Twitter na qual afirmava que "por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos". A publicação foi criticada por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e políticos como o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), o governador de São Paulo João Doria (PSDB) e o presidenciável Ciro Gomes (PDT). Na mesma série de postagens, Carlos se disse "muito tranquilo" e negou que tenha se seduzido pelo poder. Após a repercussão dos tweets, Carlos criticou veículos de imprensa e deu a entender que suas falas foram distorcidas.

O vereador continuou ativo no Twitter durante sua licença da Câmara dos Vereadores. Nesta terça, por exemplo, Carlos usou a rede social para criticar o líder do PSL no Senado, Major Olímpio , que se disse "perplexo" com declarações de Bolsonaro a respeito do presidente do partido, Luciano Bivar.

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"Com todo respeito ao Major Olímpio. Lembro exatamente como foi sua campanha para senador e dos detalhes no hospital, mas que fazem parte da vida pública. Fico estarrecido da maneira como este senhor trata o Presidente hoje! Ninguém é imune a críticas, mas meu Deus! É surreal!", escreveu Carlos Bolsonaro .

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