Marielle Franco foi morta em março do ano passado
Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Marielle Franco foi morta em março do ano passado

O Google entrou com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para não fornecer dados que podem contribuir com as investigações do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. Depois de um pedido Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), a empresa tinha sido obrigada pelo STJ a divulgar a lista de nomes de pessoas buscaram pelo nome de Marielle entre os dias 10 e 14 de março do ano passado. Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos no 14 de março no bairro do Estácio. 

Na última sexta-feira (4), o sargento reformado da PM Ronnie Lessa e do ex-policial Élcio Vieira de Queiroz, suspeitos de terem cometido os assassinatos, foram interrogados pela primeira vez. Os dois estão presos na Penitenciária Federal de Porto Velho, se pronunciaram por meio de videoconferência e negaram as acusações.

Leia também: Armas que mataram Marielle foram jogadas no mar; operação prendeu quatro pessoas

Em um dos mais recentes avanços no caso do assassinato de Marielle, foi desocberto que as armas que saíram os disparos foram jogadas no mar. Segundo os investigadores, a esposa de Ronnie comandou o grupo que foi de barco até as imediações das Ilhas Tijucas lançar o armamento no mar. Entre os objetos descartados estava a submetralhadora HK MP5 que disparou os tiros em Marielle.

Você viu?

Todo o armamento foi descartado dentro de uma caixa um dia após Ronnie ser preso junto com o ex-PM Élcio de Queiroz. Imagens das câmeras de segurança do condomínio registraram toda a movimentação no local. 

Leia também: Acusados de matar Marielle e Anderson falam pela primeira vez à Justiça

Os suspeitos teriam seguido até uma colônia de pescadores do Quebra-Mar da Barra. Lá, alugaram os serviços de um barqueiro, atirando todo o conteúdo retirado do apartamento de Ronnie ao mar, sendo possível identificar armas de grosso calibre e peças para a montagem de armas.

Posicionamento do Google

Em nota, o Google esclarece que tem como objetivo proteger investigações e a privacidade de seus usuários.

"Não comentamos casos específicos, mas gostaríamos de dizer que protegemos vigorosamente a privacidade dos nossos usuários ao mesmo tempo em que buscamos apoiar o importante trabalho das autoridades investigativas, desde que os pedidos sejam feitos respeitando preceitos constitucionais e legais."

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!