O presidente Jair Bolsonaro (PSL) considera que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio , "não chegou ao final da linha". O ministro foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral , na semana passada, por participação em esquema de candidaturas laranjas de mulheres no PSL de Minas Gerais. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo , publicada neste domingo (6), o presidente elogiou o ministro e voltou a dizer que tomará uma decisão se for comprovado algo grave contra álvaro Antônio.
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"Ele não chegou ao final da linha. Se for algo de grave, substancioso, a gente toma uma decisão. Ele está fazendo um brilhante trabalho", afirmou Bolsonaro sobre o ministro do Turismo.
Junto de Marcelo Álvaro Antônio, foram denunciadas mais dez pessoas, entre ex-candidatos, assessores do PSL e familiares de ex-assessores do partido. Segundo as investigações, o grupo do ministro, que controlava o PSL de Minas, inscreveu várias candidaturas femininas de fachada para os cargos de deputado federal e estadual no ano passado para cumprir a cota prevista em lei.
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Ao receber repasses dos recursos eleitorais do partido para a campanha, as candidatas eram pressionadas a devolver parte do dinheiro com a contratação de empresas e fornecedores ligados ao grupo. As denúncias partiram inclusive de candidatas do PSL .
Segundo o promotor Fernando Abreu, responsável pelo caso, o ministro era a principal liderança do grupo. "Segundo a prova dos autos, o denunciado Marcelo era a cabeça principal dessa associação que foi montada para praticar a fraude na utilização dos recursos do fundo partidário eleitoral", disse o promotor.
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Caso a denúncia seja aceita, o ministro de Bolsonaro vai virar réu pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral (pena prevista de até cinco anos de detenção), apropriação indébita de recurso eleitoral (dois a seis anos) e associação criminosa (um a três anos).