Janot disse que foi armado ao STF para matar Gilmar Mendes.
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Janot disse que foi armado ao STF para matar Gilmar Mendes.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (2), um  conviite para o  ex-procurador-geral da República  Rodrigo Janot  a comparecer à comissão para falar sobre suas recentes declarações.

Em entrevistas, o ex-procurador disse que entrou armado no Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar o ministro  Gilmar Mendes  . Janot pode aceitar ou recusar o convite, seu comparecimento não é obrigatório.

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 No requerimento, o deputado Delegado Pablo (PSL-AM) não cita as declarações do ex-procurador, mas sim as operações de busca e apreensão que aconteceram logo após declarações do ex-procurador. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou as operações na residência e no endereço comercial de Janot. A Polícia Federal apreendeu uma pistola, três carregadores e 24 munições, além de um celular, tablet e computador.

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O autor do requerimento afirmou que quer ouvir Janot por conta de declarações envolvendo “autoridades da república”  que podem ter tentado barrar o trabalho do Ministério Público. O ex-procurador disse que o ex-presidente Michel Temer pediu para ele arquivar uma investigação contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

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- Essas pessoas que de alguma forma tentaram fazer o trabalho da PF e do MP não caminhar, tem que prestar contas à justiça. Essa casa do povo é o lugar correto para que haja as explicações aqui e a gente veja se já mais fatos a serem apurados, outras situações que merecem destaque - disse o deputado.

O deputado também incluiu no requerimento convites para o ex-chefe de gabinete da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Janot, Eduardo Pelella e o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Deputados da oposição pediam a inclusão de Deltan Dallagnol, procurador da Lava-Jato, medida que foi recusada pelo autor do requerimento.

José Guimarães (PT-CE) sugeriu a proposição de um requerimento, para ser incluído na pauta da próxima semana, convidando o procurador Dallagnol para comparecer à comissão. A proposta foi apoiada por deputados da oposição.

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