O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta quinta-feira (19) que um debate sobre o retorno do financiamento privado das eleições
acontecerá "naturalmente".
Alcolumbre defende um modelo com "amarras", para conter "equívocos" que ocorreram no passado. A declaração foi feita no evento "E Agora, Brasil?", em Brasília, organizado pelos
jornais O GLOBO
e Valor Econômico
, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
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"Diante do debate que foi estabelecido em relação a essa limitação, acho que naturalmente vai acontecer (uma discussão) sobre o financiamento privado das eleições, com ressalvas. Se acontecerem equívocos, a gente bota amarras para conter", afirmou Alcolumbre .
Alcolumbre disse que essa discussão não ocorreu nesse ano porque precisa ser feita por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição ( PEC
), o que demora mais tempo. Para valer
nas eleições do próximo ano, uma mudança na regra precisa ser aprovada no prazo de até um ano antes do pleito. "Não tinha tempo. É uma emenda constitucional, o debate é mais amplo", explicou.
Enquanto o retorno do financiamento privado não é discutido, o presidente do Senado
voltou a defender um aumento no fundo eleitoral, argumentando que o número de candidatos será
maior do que os que disputaram as eleições no ano passado. "O que eu me posicionei foi fazendo matemática. Essa conta é uma conta para esse universo de possíveis candidaturas", disse.
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O presidente do Senado ressaltou, contudo, que o valor do fundo ainda não está definido: "Não tem valor. As pessoas estão falando de um aumento, do valor da eleição passada, falando de uma suposição. Está estabelecido que na lei orçamentária anual vai ser fixado. Está se falando de uma coisa que não está escrita", finalizou Alcolumbre .