A Justiça autorizou que a mãe a irmã do pastor Anderson do Carmo de Souza - Maria Edna e Michele - sejam assistentes de acusação no processo da morte do religioso. Angelo Máximo, advogado de ambas, vai auxiliar o Ministério Público estadual na ação na qual são réus dois filhos da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, mulher de Anderson.
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O pedido havia sido feito à 3a Vara Criminal de Niterói no fim do mês passado. Nessa terça-feira (10), a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, deu decisão favorável à mãe e irmã de Anderson . O assistente de acusação atua, por meio de seu advogado, auxiliando o MP no processo criminal. Entre as ações possíveis está o pedido de produção de provas, solicitar realização de perícia e elaborar perguntas para serem feitas às testemunhas.
Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cezar dos Santos de Souza viraram réus pelo crime. Eles são acusados de homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Flávio, filho biológico apenas de Flordelis , confessou à polícia ter atirado seis vezes contra o padrasto.
Já Lucas, filho adotivo da deputada e de Anderson, é acusado de ter ajudado o irmão a comprar a arma usada no crime . De acordo com as investigações, o rapaz não estava na casa da família, onde o pastor foi morto , no momento do crime.
Lucas e Flávio foram indiciados na primeira fase das investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. Um novo inquérito foi aberto para continuar investigando a participação de outras pessoas no crime, entre elas a própria Flordelis.
Ao menos quatro filhos de Flordelis disseram à polícia que acreditam no envolvimento da mãe no crime. Um deles, Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael, afirmou acreditar que a mãe foi "mentora intelectual" do assassinato.
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Em entrevista ao Extra na última semana, o advogado Ângelo Máximo afirmou que a mãe e irmã do pastor Anderson acreditam que Flordelis tenha sido mandante do crime. Procurada, a assessoria de imprensa da deputada afirmou que ela "está cansada desse comportamento oportunista de gente que usa a dor dela para se autopromover". E acrescentou, no comunicado, que "ao final, quando restar provada a inocência dela, essas pessoas serão chamadas a responder pelas opiniões e acusações".