O presidente Jair Bolsonaro defendeu a troca na Polícia Federal e afirmou que a instituição precisa de um novo diretor. Ele afirmou que já teve uma conversa com o minsitro da Justiça, Sergio Moro , sobre uma possível mudança na direção da PF. Para Bolsonaro, o novo chefe "tem que ser Moro Futebol Clube". Ele disse que prentede disputar a reeleição "se estiver bem" e que ainda não desistiu de emplacar seu filho Eduardo Bolsonaro na embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos.
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"Está tudo acertado com o Moro, ele pode trocar quando quiser", disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada nesta quarta-feira. Recentemente, Moro afirmou que o diretor-geral Maurício Valeixo "permanece" no cargo e tem a sua "confiança" . No entanto, questionado se não há alguma possibilidade de Valeixo sair, Moro disse que "as coisas eventualmente podem mudar."
Bolsonaro não descartou que o nome do delegado Anderson Gustavo Torres, atual secretário de Segurança do Distrito Federal, seja seu favorito para assumir a PF. Ele negou que a sua interferência na PF tenha algo a ver com investigações envolvendo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
"Já investigaram a vida da minha família inteira e não acharam nada disse", colocou.
Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro não descartou a possibilidade de disputar as eleições em 2022.
"Pretendo sim, se estiver bem lá", disse.
Sobre ter como adversário na próxima disputa o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente foi irônico e disse que ele deveria pensar "talvez somente nas eleições de 2026", pois não teria chances por ser uma "ejaculação precoce".
De olho em 2022, Bolsonaro e Doria têm trocado farpas. "Tem muita gente aí falando em meu nome, mas eu ainda não tenho ninguém", disse. ",A Joice está com um pé em cada canoa", afirmou.
Ao comentar os atritos com Moro , Bolsonaro afirmou que tanto o ministro da Justiça quanto seu ministro da Economia, Paulo Guedes, eram considerados inexperientes na política até chegaram ao seu governo. Ele afirmou que Moro era "ingênuo" e Guedes, "chucro". De acordo com Bolsonaro, o ex-juiz federal não tinha "malícia" da política e seria reprovado numa eventual sabatina no Senado, caso fosse indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro afirmou que deve atrasar a indicação de seu filho, o deputado estadual Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao cargo de embaixador nos Estados Unidos. Segundo ele, os vetos que fará ao projeto sobre abuso de autoridade podem tirar o apoio de senadores na aprovação do "03".
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"Ele vai perder muito apoio com os vetos, vou esperar", disse ao negar que tenha recuado da decisão de indicar o filho. "Você já namorou? Quanto tempo demorou para levar para o motel? Não é na primeira vez", finalizou Bolsonaro .