Descendente do imperador D. Pedro I e herdeiro da família real brasileira, o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP) também foi alvo de invasão pelo hacker preso pela Polícia Federal na Operação Spoofing por ter invadido o Telegram do ministro da Justiça Sergio Moro e de integrantes da Lava-Jato.
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O fato é citado pela PF no pedido para manter as prisões de Walter Delgatti Neto, apontado como o líder do grupo de hackers
, e de Gustavo Henrique Elias Santos.
Os ataques a Luiz Philippe de Orléans e Bragança partiram de um aplicativo registrado em nome de Gustavo. Por isso, a PF ainda investiga se esse ataque partiu do próprio Walter, que admitiu as invasões e pode ter usado as contas em nome dos amigos, ou se foi o próprio Gustavo o autor.
“Não foi localizado nos materiais arrecadados durante a Operação Spoofing qualquer áudio, imagem, documento ou conversa que pudesse vincular GUSTAVO HENRIQUE ELIAS SANTOS diretamente às invasões de contas do Telegram de autoridades públicas. Entretanto, verifica-se que a conta de GUSTAVO HENRIQUE na empresa BRVOZ foi de fato utilizada em algumas ligações de VoIP (voz sobre IP), com a edição do número chamado, com o objetivo de acessar a caixa postal dos celulares de vítimas das invasões, como aquela direcionada ao número telefônico do Deputado Federal Luiz Philipe O. Bragança”, escreveu a PF .
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A defesa de Gustavo afirma que Delgatti usou a conta registrada em nome do amigo para fazer as invasões. A investigação ainda revelou que Delgatti será indiciado por lavagem de dinheiro.