O presidente Jair Bolsonaro criticou a derrubada pelo Congresso à lei que pune denúncia caluniosa com finalidade eleitoral e mandou que a população agradeça ao deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), que saiu vitorioso após se empenhar em convencer os parlamentares para cancelarem o veto presidencial.
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"Um veto daquele, pelo amor de Deus. Abriu brecha agora para todo mundo ser condenado. Eu vetei porque eu sou a maior vítima do fake news
. E não me preocupei com isso. É para atrapalhar o povo, igual vive o povo em país comunista?", questionou Bolsonaro na manhã deste sábado, durante agenda em Riacho Fundo, região administrativa do Distrito Federal.
O presidente comparou o clique do disparo de fake news através de dispositivos digitais ao “teco”, barulho ouvido durante o disparo de uma arma de fogo .
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"Três a oito anos de cadeia, é isso? Um crime comum, se não me engano, é de oito a doze. Então um clique vai ser mais grave
do que um teco. Se você matar alguém, pode ser condenado a uma pena menor do que dar um clique. Pelo amor de Deus, sem comentário", disse Bolsonaro.
Na última quinta-feira, Kim e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) travaram uma discussão, iniciada nas redes sociais, também na tribuna do plenário da Câmara sobre o assunto.
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No Twitter, Eduardo acusou Kataguiri de legislar em prol da censura ao apresentar um destaque na votação na quarta-feira para derrubar o veto de Jair Bolsonaro a trecho de lei aprovada pelo Congresso
. Na votação, o líder do Movimento Brasil Livre (MBL) foi vitorioso.
Para Eduardo, no entanto, a lei terá como consequência a punição de 2 a 8 anos para quem for condenado por divulgar fake news . Nas redes e no plenário, Kataguiri citou o texto legal e acusou Eduardo de estar mentindo. Além disso, desafiou o filho do presidente da República a um debate em plenário e o chamou de "rato e covarde".