O Partido Socialista Brasileiro (PSB) realizou reunião em seu Diretório Nacional
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O Partido Socialista Brasileiro (PSB) realizou reunião em seu Diretório Nacional

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) aprovou nesta sexta-feira (30), em seu Diretório Nacional, por unanimidade, uma resolução que repudia o que chama de "violações de direitos
humanos praticadas pelo governo venezuelano”, e oficializa a saída do partido do Foro de São Paulo . O anúncio tem como objetivo, também, distanciar o PSB do PT, que mantém apoio ao governo de Nicolás Maduro .

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A decisão do PSB de condenar ações do governo de Maduro vai ao encontro do relatório da alta comissária das Nações Unidas (ONU) para direitos humanos, Michelle Bachelet, ex-
presidente do Chile, que em julho criticou o governo da Venezuela por “graves violações de direitos”.

"O Diretório Nacional do PSB resolve] manifestar seu repúdio às violações de direitos humanos praticadas pelo governo venezuelano, descritas no relatório da Alta Comissária das
Nações Unidas para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, típicas de regimes autoritários, como bem observado pelo ex-presidente do Uruguai José Mujica", diz trecho da resolução.

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Além de criticar a Venezuela, o PSB decidiu sair do Foro de São Paulo. Permanecem como membros da organização de governos de esquerda, PT , PDT, PCdoB, PCB, PPL e PPS.

Apesar de defender que Maduro siga as recomendações de Bachelet e liberte “todas as pessoas privadas arbitrariamente de sua liberdade”, a sigla critica as sansões econômicas dos
Estados Unidos ao país sul-americano.

O PSB disse não reconhecer a autoridade do presidente autoproclamado Juan Guaidó e se posicionou contra ações militares na Venezuela, que já foram consideradas pelo presidente
estadunidense, Donald Trump.

O deputado federal e líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon , disse que o partido não está mais com Maduro.

"Essa é uma decisão muito importante do PSB , que honra suas origens, de partido que nasceu como contraponto a propostas que se diziam progressistas mas que eram autoritárias.
Não abrimos mão de nosso compromisso com a democracia e com os direitos fundamentais. Estamos com Bachelet e Mujica, não com Maduro", concluiu.

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Quando foi fundado, em 1990, convocado pelo PT, o Foro de São Paulo buscava rearticular a esquerda latino-americana em meio ao fim da Guerra Fria e a governos que lançavam
pacotes de austeridade fiscal para colocar suas economias em ordem.

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