O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta sexta-feira (30) que não atacou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ao afirmar que ele estava "mamando" nos governos petistas por ter comprado um jato executivo a juros subsidiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas sim mostrou a "realidade". Bolsonaro disse que não tem "nada pessoal" contra Doria e reconheceu que ele não cometeu crime, mas avaliou que a taxa de juros foi "imoral".
Leia também: FHC chama Bolsonaro de autoritário e vê conivência com tragédia ambiental
"Não é nada pessoal com ele. No passado, quem era amigo do PT, tinha facilidade no governo. Não foi ilegal a compra do jatinho por R$ 40 milhões. Imoral é a taxa de juros. Com todo o respeito, se precisasse fazer a mesma coisa, não ia conseguir. Não era amigo do rei. Não estou atacando em hipótese alguma o João Doria, zero. Estou mostrando a realidade", disse Bolsonaro , ao sair do Palácio da Alvorada.
Na quinta-feira (30), durante transmissão ao vivo em suas redes sociais, Bolsonaro disse que Doria era "amigão" dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
"João Doria comprou também (jatinho). Explica isso aí. Só peixe. Amigão da Dilma e do Lula. Eu vejo o Doria falando de vez em quando: "minha bandeira jamais será vermelha". É brincadeira. Quando ele tava mamando lá, a bandeira era vermelha com foiçasso e martelo sem problema nenhum", afirmou;
Nesta sexta, o governador disse ao jornal Folha de S.Paulo que nunca precisou "mamar em teta nenhuma" . "Não vou entrar nessa polêmica", ponderou.
Após ter pregado o voto "BolsoDoria" no segundo turno das eleições de 2018, Doria agora é considerado um potencial adversário de Bolsonaro em 2022. Ele não admite nem nega a intenção de concorrer à Presidência, dizendo apenas que não é o momento de discutir o assunto.