Com uso de software especial, polícia já teve acesso a algumas das mensagens dos filhos da parlamentar
Fernando Frazão/Agência Brasil
Com uso de software especial, polícia já teve acesso a algumas das mensagens dos filhos da parlamentar

Os 26 celulares apreendidos com parentes da deputada Flordelis dos Santos serão submetidos a análise, por um programa especial de computador, para recuperação das mensagens apagadas. A polícia já conseguiu extrair os dados do celular de Lucas Santos, um dos filhos da parlamentar preso pelo homicídio do pastor Anderson do Carmo.

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Nas conversas de um dos filhos de Flordelis que está preso, há tratativas para a compra da arma que matou o pastor com um traficante identificado como Playboy da Nova Holanda, do Complexo da Maré. As mensagens já foram anexadas à primeira parte do inquérito.

Agora, os investigadores tentam descobrir, nas mensagens apagadas, se mais parentes da deputada participaram como mentores do crime ou se sabiam do plano.

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Marzy Teixeira, uma das filhas da deputada, disse, em depoimento, que se comunicava com um telefone secreto de Flordelis. A deputada passou a utilizar essa linha, ainda segundo o depoimento, após Anderson descobrir um plano para matá-lo, em janeiro deste ano. Na época, Marzy quis pagar Lucas para matar o pastor , e ela diz que Flordelis tinha conhecimento da proposta.

Os celulares do pastor Anderson do Carmo, da própria deputada e de Flávio dos Santos, assassino confesso do pai, nunca foram encontrados pela polícia. No inquérito, há o relato de que em uma primeira busca realizada na casa da deputada, Flordelis teria alegado que não sabia onde estavam os aparelhos. Um dos agentes, então, ligou para os números de Flávio e de Flordelis e escutou os telefones tocarem no interior da casa.

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Na ocasião, eles teriam sido impedidos de entrar na residência. A polícia , então, pediu mandado de busca e apreensão à Justiça, que foi concedido. Os agentes retornaram ao imóvel e fizeram buscas, mas não encontraram os aparelhos.

Em coletiva, Flordelis disse que não sabia onde estava seu aparelho. “Nunca fui uma pessoa apegada a celular, era difícil entrar em contato comigo. Ficava na mão dos meus filhos, jogando joguinho. Não sei de verdade onde está meu celular”, disse.

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