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Procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol,
Lucas Tavares / Zimel Press / Agência O Globo
Procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol,

Em diálogos obtidos pelo site The Intercept Brasil e publicados nesta quinta-feira (29), Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato, mentiu ao negar que agentes repassavam informações das investigações à imprensa. Conversas no aplicativo Telegram mostram que procuradores confessam “vazamentos” para forçar delações de investigados. As informações são do UOL .

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A matéria mostra que Dallagnol participou de um grupo em que vazamentos eram debatidos, planejados e executados. Em junho de 2015, o procurador Orlando Martello enviou mensagens ao colega Carlos Fernando Santos Lima questionando “qual foi a estratégia de revelar os próximos passos na Eletrobrás?”. Santos Lima afirmou: “Meus vazamentos objetivam sempre fazer com que pensem que as investigações são inevitáveis e incentivar a colaboração”.

No mesmo dia, Dallagnol e Martello contaram aos integrantes do grupo que vazaram informação que os Estados Unidos ajudariam na investigação de Bernardo Freiburghaus, apontado como operador de propinas da Odebrecht. A informação virou manchete do jornal O Estado de S. Paulo . Procurado pelo UOL, o jornal afirmou que não vai se posicionar.

Questionado sobre vazamentos pela BBC em 2017, Dallagnol afirmou que “nos casos em que apenas os agentes públicos tinham acesso aos dados, as informações não vazaram. Para não dizer que não vazaram, vazaram em apenas um caso e com dedicação e alguns lances de sortes foi possível identificar a origem do vazamento”.

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