Flordelis e o marido, Anderson
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Flordelis e o marido, Anderson

No depoimento em que assumiu à polícia ter matado o padrasto, o pastor Anderson do Carmo, Flávio Rodrigues dos Santos, contou à polícia que o crime não foi premeditado e “a situação e oportunidade” o levaram a praticar o ato. Flávio, um dos filhos biológicos da deputada federal Flordelis dos Santos, deu as declarações aos policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo no dia 19 de junho, três dias após o assassinato.

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Sobre a madrugada do crime, Flávio alegou que Lucas entrou em seu quarto, na casa da família de Flordelis em Pendotiba, Niterói. Segundo ele, o irmão foi para o banheiro tomar banho, mas não conseguiu porque não havia água. Flávio diz que eles não conversaram naquele momento, mas ele “reparou que Lucas estava armado”.

O filho de Flordelis diz, ainda, “que como aquele horário não era comum Lucas entrar na casa, imaginou que ele estivesse tramando contra a vida de algum familiar”. De acordo com Flávio, de cinco a dez minutos após a saída de Lucas de seu quarto, ele pegou a arma que estava escondida na gaveta do armário e saiu para procurá-lo.

Ao descer para procurar Lucas, Flávio se deparou com Anderson na garagem, com a porta do carro aberta, mexendo em algo dentro do veículo. Ele conta “que se aproveitou da situação e aproveitando que Anderson não tinha te visto, resolveu disparar” contra a vítima, pois estava com ódio do que Simone havia lhe contado. Flávio alega ter ficado sabendo pela irmã que Anderson havia "passado a mão" em uma de suas netas e na própria Simone. Em depoimento, as meninas negam.

Flávio disse que ninguém o ajudou ou pediu para matar o pastor e afirmou ainda que não mantinha a ideia de matar Anderson na cabeça. Ele disse que havia comprado a arma para defender a família de Lucas e admite ter pedido ajuda do próprio irmão para fazer a compra.

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O filho de Flordelis disse que o carregador da pistola que ele usava na hora do crime estava cheio, mas ele deu apenas seis disparos. Exame do Instituto Médico Legal, no entanto, revela que o pastor tinha 30 marcas de perfuração pelo corpo. Flávio e Lucas viraram réus pela morte de Anderson. O primeiro, por ter atirado na vítima e o segundo, por ter ajudado o irmãos a comprar a arma usada no crime.

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