Preterido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o PT, o presidenciável derrotado Fernando Haddad deve indicar a nova direção da Fundação Perseu Abramo, o braço teórico da legenda. A escolha seria uma espécie de prêmio de consolação.
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Com a definição de Lula de apoiar a permanência da deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) na presidência do partido por mais quatro anos, os integrantes da corrente interna Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT , passaram a discutir, por orientação passada pelo ex-presidente de sua cela na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, o espaço que Haddad irá ocupar.
Uma das hipóteses cogitadas era o próprio presidenciável derrotado assumir o comando da fundação, mas, a interlocutores, ele rechaçou a hipótese porque prefere continuar dando aulas no Insper e se dedicando às atividades políticas paralelamente.
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Um integrante da direção diz que Haddad "precisa ter um status dentro do PT" . A fundação garantiria a estrutura para opresidenciável fazer política. Atualmente, ele conta com apenas dois assessores pagos pela legenda. Por lei, as fundações partidárias devem ficar com 20% dos repasses do fundo partidário. No caso da Fundação Perseu Abramo , essa quantia em 2019 deve ser de cerca de R$ 20 milhões.
A CNB tentou viabilizar o nome de Haddad para presidir o PT em lugar de Gleisi. A opção vinha sendo discutida nos bastidores desde o final do ano passado. Em julho, o presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, tornou o assunto público ao escrever um manifesto a favor do presidenciável derrotado com oargumento de que ele fala "melhor com a sociedade".