O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que deve ser indicado pelo governo como embaixador nos Estados Unidos , disse nesta quarta-feira, a uma plateia de militares, que “diplomacia e Forças Armadas devem caminhar juntas”. O parlamentar participou do seminário sobre os “desafios da defesa nacional”, ao lado do ministro Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e representantes de Aeronáutica, Exército e Marinha.
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"Diplomacia e defesa são faces da mesma moeda. São instrumentos de exercício da soberania nacional e da garantia da autonomia no nosso relacionamento externo. Diplomacia e Forças Armadas devem caminhar juntas no projeto de um Brasil acima de tudo e de uma pátria soberana e forte", afirmou Eduardo , que citou a frase “diplomacia sem armas é como música sem instrumentos”, atribuída a Frederico II, que foi rei da Prússia.
Em outro momento, o deputado comparou as atribuições de um diplomata com as de um soldado:
"Tanto para o diplomata quanto para o soldado, o cenário com que se defrontam é imprevisível e instável. As ameaças são difusas e imprevisíveis. A sociedade se sente exposta e padece de sentimento generalizado de insegurança, por isso é importante a sinergia entre a diplomacia e a defesa, esperando sempre que dialogo prevaleça."
Assim como já havia feito em outras ocasiões, antes mesmo de a possibilidade de indicação para a embaixada brasileira em Washington ter se tornado pública, Eduardo criticou o governo venezuelano. Segundo ele, o presidente Nicolás Maduro é “ditador e criminoso” e está envolvido com “tráfico de drogas e terrorismo”. Na saída, Fernando Azevedo e Silva defendeu a indicação do deputado para o posto. O nome de Eduardo precisa ser aprovado pelo Senado para que ele vire embaixador.
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"É uma deferência do presidente da República indicar. Ele ( Eduardo ) está dentro dos parâmetros", disse o ministro da Defesa.