No dia seguinte à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso em Curitiba, suspendendo determinação da juíza Carolina Lebbos de transferi-lo para São Paulo, o presidente Jair Bolsonarose esquivou de comentar o episódio e se limitou a dizer que o petista "tem que cumprir a pena dele".
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"Não tenho nada a ver com isso. O Lula tem que cumprir a pena dele. No resto aí, eu não tenho nada, absolutamente nada a ver com isso", declarou o presidente nesta quinta-feira, na saída do Palácio da Alvorada.
Na noite de quarta-feira, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, informou que o presidente não se pronunciaria sobre o caso.
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Os ministros decidiram manter o petista preso na Superintendência da Polícia Federal, na capital paranaense, até que a Segunda Turma da Corte conclua a análise do pedido de suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, no julgamento do processo do triplex de Guarujá (SP). Em junho, o julgamento foi adiado após um pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) do ministro Gilmar Mendes e ainda não tem data definida para ser retomado.
O presidente do STF , Dias Toffoli, levou o caso para o plenário logo depois de ter recebido um grupo de parlamentares da oposição que queria evitar a transferência de Lula. No plenário, os ministros ponderaram que o assunto deveria ser definido pela Segunda Turma. Mas, como ela só se reúne às terças-feiras e o assunto era urgente, coube ao plenário julgar o tema.
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Na decisão pela transferência de Lula , a juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, atendeu pedido da Polícia Federal (PF) que haviaalegado que a permanência de Lula da superintendência vem causando transtornos não só à instituição como a vizinhança.