Doleira Nelma Kodama havia, no mês passado, publicado foto com sapato de luxo e tornozeleira eletrônica
Reprodução/Instagram @nelma_kodama
Doleira Nelma Kodama havia, no mês passado, publicado foto com sapato de luxo e tornozeleira eletrônica

O juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Federal de Curitiba, repreendeu a  doleira Nelma Kodama nesta quinta-feira (8) devido a um vídeo no qual ela ensinou como retirar a tornozeleira eletrônica. A gravação foi compartilhada na terça-feira (6) por meio da ferramenta stories do Instagram (que fica no ar pelo período de 24 horas).

Para o magistrado, a 'Dama do Mercado', como é conhecida Nelma Kodama , "presta um desserviço à sociedade brasileira" ao divulgar seu 'tutorial', classificado pelo juiz como "ofensivo à dignidade de justiça". Danilo Pereira ainda cobrou a intimação da defesa da doleira para explicar o ato.

"Com a divulgação de vídeo retratando o rompimento do lacre da tornozeleira eletrônica , Nelma Mitsue Penasso Kodama presta um desserviço à sociedade brasileira. A atitude, longe de perpassar pela liberdade de expressão, a todos assegurada constitucionalmente, configura inegável comportamento antiético e ofensivo à dignidade de justiça", escreveu.

O juiz de Curitiba foi responsável por  declarar, no início desta semana, a extinção da pena de 15 anos de prisão aplicada à doleira na Lava Jato em razão do indulto de Natal assinado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2017.

Danilo, no entanto, ressaltou que a extinção da pena não livra Nelma de "manter conduta compatível". "Cabe lembrar que, embora extinta a sua pena privativa liberdade, a executada permanece vinculada aos termos do seu acordo de colaboração premiada, sendo imprescindível que mantenha conduta compatível com seu status de colaboradora", reclamou o juiz.

Presa em 2015 ao tentar embarcar no Aeroporto de Guarulhos (SP) com 200 mil euros escondidos na calcinha, Nelma Kodama se tornou personagem 'folclórico' da Operação Lava Jato quando, em 2015, cantou trecho da música "Amada Amante" (Roberto Carlos)  na CPI da Petrobras para explicar sua relação com o doleiro Alberto Youssef.

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