Deltan Dallagnol criticou entrevista de Gilmar Mendes
Marcelo Camargo/ABr
Deltan Dallagnol criticou entrevista de Gilmar Mendes

Em mais um vazamento de mensagens, o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol diz aos colegas que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é  "um brocha institucional". Os diálogos foram publicados pelo UOL em uma parceria com o site The Intercept Brasil nesta quinta-feira (8).

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Em 10 de junho do ano passado, Deltan compartilhou uma entrevista de Gilmar Mendes ao jornal O Estado de São Paulo em que criticou o projeto das "10 medidas contra a corrupção", apoiado pelo procurador. Na entrevista, o ministro dizia que algumas das medidas eram "totalmente nazifascistas" e que "coisa de tarado institucional".

"Vou responder dizendo que Gilmar é um brocha institucional", afirmou Deltan a outros procuradores em um grupo do Telegram.

Nas mensagens vazadas, os procuradores comemoram o resultado das eleições de 2018 no Congresso. Para eles, o número de parlamentares novos poderia abrir possibilidade para um possível impeachment de Gilmar Mendes , já que o Senado é responsável por julgar esse tipo de ação contra ministros do STF.

"Lava Jato saiu vitoriosa desta eleição. Dá pra sonhar com o impeachment do GM?", diz o procurador Diogo Castor no dia 7 de outubro. "Sonhar sempre pode, Diogo. Mas não tem chance de se concretizar", respondeu Laura Tessler.

"Olha aí. Agora sim, pela primeira vez é possível sim de se pensar em costurar um impeachment de Gilmar. Mas algo pensado e conversado e não na louca sem saber onde vai dar", afirma Paulo Roberto Galvão, no dia seguinte. "Precisamos de 54 senadores. Se tem onze comprometidos com as medidas contra a corrupção. Faltam 43 de 70", completou Diogo Castor. 

Em nota, a Lava Jato voltou a dizer que não reconhece as mensagens que tem sido atribuídas aos membros da força-tarefa e que "o material oriundo de crime cibernético tem sido usado, editado ou fora de contexto, para embasar acusações e distorções que não correspondem à realidade".

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"Os procuradores jamais realizaram representação pelo impeachment do Ministro Gilmar Mendes . Os procuradores reafirmam que pautam sua conduta pela lei e pela ética e renovam sua confiança e respeito ao Supremo Tribunal Federal", diz o texto. 


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