O presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o episódio que envolveu o uso de helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) por seus parentes para ir no casamento de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), dizendo que não vê problema no ocorrido.
"Fui no casamento do meu filho. Minha família da região do Vale do Ribeira estava comigo. Eu vou negar o helicóptero e mandar de carro? Não gastei nada além do que já ia gastar", afirmou Bolsonaro .
A declaração foi feita enquanto o presidente participava neste sábado (27) da formatura anual da turma de novos paraquedistas das Forças Armadas no 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, na Zona Oeste do Rio. Ao todo, foram 638 formandos.
Questionado se não via incompatibilidade na atitude, disse que sempre viaja com dois helicópteros e não ia responder. "Se eu errar, assumo e arco com as consequências. Até o momento, pelo que vejo, nada de errado aconteceu em meu governo", completou.
Leia também: Pedido para Eduardo Bolsonaro ser embaixador dos EUA já está em Washington
O presidente estava acompanhado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do governador Wilson Witzel.
Você viu?
O fato ficou conhecido quando o sobrinho de Bolsonaro , Osvaldo Bolsonaro Campos, filho de Maria Denise Bolsonaro, uma das irmãs do presidente, divulgou um vídeo de 24 minutos nas redes sociais em que mostra o grupo com trajes de festa a caminho do casamento do filho do presidente em Santa Teresa, no Centro do Rio. Após a divulgação das imagens pela imprensa, o vídeo foi apagado.
"Saiu a caravana do Vale do Ribeira direto para o Rio de Janeiro. Vamos, caravana", diz Osvaldo no vídeo.
Os convidades fizeram o trajeto do aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, ao aeroporto Santos Dumont, no Centro. O deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), amigo do presidente, também aparece nas imagens gravadas por Osvaldo.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou que “por razões de segurança” decidiu que o “presidente e familiares fossem transportados em helicópteros da Força Aérea Brasileira” para o casamento. "Conforme a Lei 13.844, de 18 de junho de 2019, o GSI é responsável por zelar pela segurança do Presidente e Vice-Presidente da República, bem como de seus familiares", diz em nota.
Leia também: Bolsonaro fala de desafio que tem pela frente: “encontramos um Brasil quebrado”
No site da FAB
, diz que apenas "Presidentes do Senado, Câmara, STF, ministros de Estado e demais ocupantes de cargo público com prerrogativas de Ministro de Estado; e Comandantes das Forças Armadas e Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, além de Presidente e Vice" podem usar aeronaves oficiais. Em nenhum desses postos se enquadram os parentes de Bolsonaro .