O Ministério Público de Contas da União (MPU) instaurou investigação para apurar a farra na concessão de diárias de viagens de senadores e servidores da Casa. Os parlamentares viajam e recebem valores referentes a cada dia fora do País. Ou seja, os senadores esbaldam-se no exterior e quem paga a conta é o dinheiro público, oriundo do nosso rico dinheirinho, arrecadado por meio do recolhimento dos exorbitantes impostos federais.
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As despesas feitas nas viagens também são pagas pelo Senado
, mediante a simples apresentação de notas fiscais. Somente nos primeiros seis meses deste ano, o Senado já gastou mais de R$ 1,2 milhão com diárias, dos quais R$ 651 mil referentes a 270 viagens de servidores e outros R$ 567 mil gastos com diárias dos próprios senadores.
Campeões
Alguns se destacam como campeões no recebimento desse tipo de mordomia. O senador Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) recebeu R$ 26,3 mil por viagem a Doha, no Catar. Ele esteve lá participando de uma reunião interparlamentar, envolvendo políticos da América Latina. Para essa viagem, Jarbas comprou US$ 3,2 mil em espécie e solicitou o reembolso.
No TCU
O senador Telmário Mota (Pros-RR) é outro campeão em diárias. De uma só vez ele recebeu R$ 11.500 por uma viagem feita no dia 28 de maio. O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) também não ficou atrás. Este ano ele recebeu diárias no valor de R$ 20 mil. Esses casos já estão no TCU sob análise do ministro Benjamin Zymler.
O povo agradece
Depois de ter sido candidato a presidente como laranja de Lula, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse recentemente em entrevista à Mirian Leitão, na GloboNews, que não pretende ser candidato a prefeito de São Paulo. Os paulistanos agradecem. Quando foi prefeito, de 2012 a 2016, limitou-se a pintar ciclofaixas nas ruas, com uma tinta que meses depois desbotou. Uma das piores gestões da cidade.
Rápidas
* O governador de São Paulo, João Doria, viajará no próximo dia 2 para a China. De 5 a 9 de agosto ele apresentará aos chineses o programa de desestatização para 35 investidores chineses. O programa de Doria prevê a arrecadação de R$ 25 bilhões em investimentos.
* O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar o nome do novo procurador-geral da República no próximo dia 17 de agosto. Deve ignorar a lista tríplice que lhe foi encaminhada e também não reconduzirá Raquel Dodge.
* A deputada Tabata Amaral (PDT-SP), expoente da nova política, pisou na bola ao declarar ao TSE ter pago R$ 23 mil ao seu namorado Daniel Alejandro Martinez, por “análises estratégicas”, com dinheiro do fundo partidário.
* A FAB está testando o avião cargueiro KC-390, fabricado pela Embraer, em São José dos Campos. O novo avião tem capacidade para transportar 23 toneladas, em tropas e cargas pesadas, inclusive veículos blindados.
Retrato falado
O filho 02 do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, fez essa pergunta no Twitter na última sexta-feira 19, dia em que Bolsonaro pai se reuniu com correspondentes estrangeiros no Brasil. Para Carlos, esses cafés são feitos apenas “para prejudicar o presidente”. Ele disse que não iria dizer o que pensa sobre isso “porque senão é fogo amigo”. O diretor da Secom, Fábio Wajngarten, também detesta esses encontros, promovidos pelo general Otávio do Rêgo Barros.
Toma lá dá cá
Você viu?
Senador Antonio Anastasia (PSDB-MG)
O senhor pretende votar a favor da reforma da Previdência quando ela chegar ao Senado?
Sim. Essa não é uma proposta perfeita. Seria impossível uma que conseguisse agradar a todos. Mas não há nenhuma dúvida de que ela é urgente e imprescindível para o País.
O Senado deve mudar muita coisa?
A Câmara foi correta ao corrigir os principais problemas, referentes ao BPC, à aposentadoria rural e aos professoras. Não defendo mudanças bruscas.
Como o senhor vê a possibilidade de estados e municípios ficarem de fora?
Isso é muito negativo. É um dos pontos que vou trabalhar para modificar. Estados e municípios
estão em uma situação muito grave. Precisam ser inseridos na reforma.
O GP do Rio micou
O juiz Adriano de Oliveira França, da 10ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro, suspendeu, liminarmente, a licitação para a construção do Autódromo de Deodoro, onde o governador fluminense Wilson Witzel (PSL) queria construir as pistas para a disputa do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, a partir de 2020.
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A pedido do Ministério Público Estadual, a Justiça do Rio disse que o governo estadual não apresentou o estudo de impactos ambientais e mandou paralisar o projeto, que vinha sendo executado de forma estabanada pela construtora Motorsport. Estranhamente, a empresa foi criada 11 dias antes da licitação. Erroneamente, Bolsonaro abraçou o projeto.
Floresta destruída
As obras poderão destruir a floresta nativa de Camboatá, que fica dentro da área de Deodoro. Além dos danos à natureza, o governo do Rio vai precisar de R$ 200 milhões para construir o novo autódromo, numa cidade que não atende as necessidades básicas do cidadão. E São Paulo já tem um autódromo pronto.
Só alegria
Desde que Bolsonaro anunciou que o filho, o deputado Eduardo, será embaixador em Washington, o médico radiologista Vinicius Rodrigues, de 31 anos, de Sorocaba, está rindo à toa. Ele é o suplente de deputado federal do PSL de SP e vai assumir a vaga na Câmara com a renúncia do 03. Vinicius teve só 25 mil votos e, sem Eduardo, não se elegeria.
Maior apoio
No Facebook, o radiologista estimula Eduardo a ir para Washington. Não é para menos: o jovem médico vai receber um salário de R$ 33,9 mil em Brasília, fora as mordomias de um deputado federal, como apartamento de graça, auxílio moradia para a mudança, 22 funcionários, entre outras. Hoje, ele tem três empregos em Sorocaba para sobreviver.
Deu a largada
O ex-ministro Gustavo Bebianno , que recentemente se desfiliou do PSL, confirmou no sábado 20 – como ISTOÉ havia antecipado há um mês -, que deve mesmo ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Mas ele ainda não escolheu o partido pelo qual enfrentará a disputa. O mais provável é que seja pelo PSDB.
Colaborou Wilson Lima