O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) protocolou na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de prisão temporária a Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil
. Segundo o parlamentar, há indícios de que o jornalista tenha participação no crime cibernético de invasão de celulares de autoridades, entre elas o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro.
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Por se tratar de uma queixa-crime, a PGR vai analisar a denúncia e tirar uma conclusão sobre a relevância. Caso entenda que Glenn Greenwald tenha cometido um crime, o processo é encaminhado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidem sobre a prisão ou não do jornalista.
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Glenn e outros jornalistas do The Intercept Brasil são os responsáveis pelas publicações de mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato no aplicativo Telegram. O site afirma que tem como política não revelar suas fontes, mas garante que tudo foi obtido sem qualquer pagamento.
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Na quinta-feira (25), o jornalista usou o Twitter para afirmar que as mensagens obtidas pelo The Intercept Brasil vieram de invasão a celulares, mas negou que esteja por trás do mando do crime .
Glenn Greenwald virou alvo de ataques de defensores de Sergio Moro na internet e no Congresso. O jornalista, inclusive, participou de audiências em Comissões da Câmara para falar sobre a Vaza Jato.