Deltan Dallagnol evitou falar sobre caso Queiroz
Lucas Tavares / Zimel Press / Agência O Globo
Deltan Dallagnol evitou falar sobre caso Queiroz

Conhecido pela operação Lava Jato, o procurador da República Deltan Dallagnol também tem a fama de tecer comentários nas redes sociais sobre assuntos envolvendo corrupção. Quando o escândalo envolvendo movimentações bancárias suspeitas do assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, tomou corpo, porém, a escolha dele foi se manter calado. É isso o que sugere o site The Intercept em mais uma publicação com vazamento de conversas entre procuradores do Ministério Público. 

Segundo as mensagens divulgadas pelo site, Deltan discutiu em chat privado com o procurador Roberson Pozzobon sobre qual seria a melhor forma de se posicionar sobre o assunto, que, segundo mensagem atribuída a ele em chat anterior, “É óbvio q aconteceu”. 

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Após pensar em algumas formas de publicar mensagens no twitter, eles teriam decidido que, para evitar publicações “chapa branca”, não se posicionariam sobre o assunto. “O silêncio no caso acho que é mais eloquente”, disse mensagem de Pozzobon. Na última semana, um diálogo no qual os dois articulam abertura de empresas nos nomes das esposas para lucrar com palestras foi tema de outro vazamento. 

Convite para entrevista

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Pedidos para que Deltan comentasse sobre assuntos relacionados ao caso Queiroz foram discutidos em duas conversas diferentes. A primeira, feita diretamente com a assessoria dele. “Vi mta cobança na rede social, mas achava que eram mais robos”, disse. A segunda foi discutida em um grupo com os promotores

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No grupo Filhos do Januário 3, Deltan enviou um pedido de entrevista da Rede Globo para falar sobre foro privilegiado de Paulo Pimenta (PT) e também responder sobre Flávio Bolsonaro (PSL). 

Junto à mensagem, ele perguntou a opinião dos promotores. “Acho q não é uma boa; além da bola dividida Flávio Bolsonaro, e de ser pauta já definida pelo STF”, respondeu Julio Noronha. “Pelo Pimenta não vejo problema. O ruim é a bola dividida. Mas não dividir pode ser pior. Fica seletivo”, disse Antônio Carlos Welter.

A entrevista não foi veiculada e a rede Globo não se posicionou sobre se ela foi realizada.


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