Jair Bolsonaro tomou café da manhã com jornalistas na manhã desta sexta-feira (19)
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Jair Bolsonaro tomou café da manhã com jornalistas na manhã desta sexta-feira (19)

Pouco depois de afirmar que  não há quem passe fome no Brasil ,  durante café da manhã com correspondentes de veículos de imprensa estrangeiros, o presidente Jair Bolsonaro se irritou ao ser questionado sobre declaração na manhã desta sexta-feira (19) e disse a jornalistas que não estava vendo "nenhum magro" ali.

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Na resposta, Bolsonaro admitiu que "alguns passam fome", mas insistiu que o brasileiro come mal e disse que o problema não é culpa dele, "vem de trás". O episódio ocorreu na saída de evento que marcou o Dia Nacional do Futebol, no Ministério da Cidadania.

"Olha, o brasileiro come mal. O brasileiro come mal. Alguns passam fome. Agora, é inaceitável um país tão rico como o nosso, com terras agricultáveis, água em abundância, até o semi-árido nordestino tem uma precipitação pluviométrica maior do que Israel ", declarou o presidente, no fim da manhã.

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Ele contou que também falou sobre a questão das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e reclamou a demora de "dez anos para conseguir uma licença". "E qualquer hectare de água produz de 10 a 15 toneladas de tilápia por ano. Então um país aqui que a gente não sabe por que pequena parte passa fome e outros passam mal ainda", disse Bolsonaro.

Questionado se estava voltando atrás na declaração de mais cedo, quando disse que "não se vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com físico esquelético" e criticou o que chamou de "discurso populista", o presidente alterou a voz e ameaçou encerrar a entrevista.

"Ah, pelo amor de Deus, se for pra entrar em detalhe, em filigrana, eu vou embora. Eu não tô vendo nenhum magro aqui, tá certo? Temos problemas alimentar no Brasil? Temos, não é culpa minha, vem de trás, estamos tentando resolver", afirmou Bolsonaro.

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De pé ao lado do ministro da Cidadania, Osmar Terra, cuja pasta é responsável pelo programa Bolsa Família e outras ações de assistência social, o presidente defendeu que "o que tira o homem e a mulher da miséria é o conhecimento, não são bolsas e programas assistencialistas".

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