terrorista
Reprodução/Veja
Líder da organização se identifica como Anhangá

Uma reportagem da revista Veja revelou, nesta sexta-feira (19), que um grupo terrorista internacional teria o plano de matar o presidente Jair Bolsonaro, sua família e pelo menos dois ministros. Em entrevista, um dos líderes da Sociedade Secreta Silvestre (SSS) garantiu que a ideia é real e começou a ser colocada em prática desde o momento em que Bolsonaro foi eleito. 

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Por meio da deep web, a Veja entrevistou um dos líderes do grupo terrorista, conhecido como Sociedade Secreta Silvestre (SSS), um braço da organização internacional Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS). “A finalidade máxima seriam disparos contra Bolsonaro ou sua família, seus filhos, sua esposa", diz o líder, que se identifica como "Anhangá". 

De acordo o suposto terrorista, um plano para matar o presidente durante a cerimônia de posse quase foi colocado em prática. "Foi um público considerável, e facilmente poderíamos nos misturar e executar este ataque, mas o risco era enorme, e era previsível um ataque, então seria suicida", contou. 

O líder afirma que é homem, tem entre 20 e 30 anos e vive em Brasília. Ele também revela o motivo pelo qual a organização planeja o atentado: “Bolsonaro e sua administração tem declarado guerra ao meio ambiente.” De acordo com Anhangá , o presidente é "um estúpido populista" e há falhas em seu esquema de segurança, o que facilitaria o ataque. 

O grupo, investigado por promover ataques terroristas a políticos e empresários de diversos países, também afirma ter a intenção de assassinar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves. A organização já praticou pelo menos três atentados a bomba em Brasília.

"Pelo símbolo que ela se tornou, a cristã branca evangelizadora que prega o progresso e condena toda a ancestralidade", afirma Anhangá sobre Damares."Salles é um cínico, e não descansará em paz, quando menos esperar, mesmo que saia do ministério que ocupa, a vez dele chegará. Aquele sujeito já chegou a adulterar documentos para beneficiar mineradoras. Tudo o que faz e declara é antagônico ao cargo que ocupa. É um lobo cuidando de um galinheiro", completou. 

A revista ainda informa que teve acesso a um documento da Polícia Federal sobre um investigação contra o grupo. O título do relatório seria "Informações sobre Sociedade Secreta Silvestre". Um dos casos relatados pela PF foi uma bomba deixada em uma rodoviária na capital federal.

Quando o então presidente eleito foi ameaçado, em dezembro, três suspeitos chegaram a ser presos pela Polícia Federal. De acordo com o suposto terrorista entrevistado pela Veja, no entanto, a investigação não chegou perto do grupo. Anhangá provoca: “(Eles) são incompetentes (…). Não somos meros amadores, dominamos técnicas de segurança, de engenharia, de comportamento social. (…) Discutimos internamente com membros de outros países”.

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Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro , sua família e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República ainda não se pronunciaram sobre o conteúdo da reportagem.

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